A realidade atual não é nada alentadora para os estudantes. Estes sofrem com o sucateamento do ensino e com a falta de perspectivas na sociedade, principalmente a falta de empregos. Na sua maioria, são candidatos a futuros desempregados. Vemos o ensino público ser paulatinamente desmontado por todos os governos, estaduais ou federais. As verbas que deveriam ser para a educação e outros serviços públicos são canalizadas para as empresas privadas. Nas escolas públicas falta tudo: professores, funcionários, materiais, manutenção. Enquanto isso, o governo Lula compra vagas nas universidades privadas para salvar os empresários da educação particular da crise. Os estudantes sofrem, como cidadãos e como alunos, a falta de perspectiva de emprego, os baixos salários, a péssima qualidade do ensino, o aumento das passagens de ônibus e dos alimentos.
Essa política contra o povo e em benefício do capital não é exclusiva deste ou daquele governo mas de todos os governos: FHC, Lula, Yeda, Fogaça. Somos testemunhas da tentativa atual de Yeda de destruir o plano de carreira do magistério. Isso é uma afronta que atinge a todos os trabalhadores, em primeiro lugar os professores e estudantes. Os professores merecem todo o nosso apoio contra essa truculência do governo Yeda.
A crise econômica atual tem representado o aumento do desemprego e deve trazer ainda muito mais sofrimento e privações aos trabalhadores e estudantes. De início, Lula tentou dizer que a crise era de Bush, que a economia brasileira tinha fundamentos sólidos. Queria enganar, mais uma vez, o povo. O Brasil é extremamente dependente da economia mundial e a política do governo consiste em, exatamente, aumentar essa dependência. A crise recém está começando e já as conseqüências todos estão vendo. Devemos nos preparar para ataques muito maiores. Lula tem se preocupado apenas em salvar as grandes empresas, principalmente os bancos e as montadoras de automóveis, que já receberam centenas de bilhões de reais, enquanto os trabalhadores perdem os seus empregos sem que o governo nada faça.
Esses problemas sociais não terão solução enquanto o capitalismo subsistir. As crises periódicas são parte desse sistema desde o seu nascimento. São parte também do capitalismo o desemprego, a corrupção, os baixos salários, a precarização dos serviços públicos, - em particular, da educação - a fome e a miséria. Todas as nossas lutas pela melhoria do ensino devem visar a destruição do capitalismo. E isso não é tarefa apenas para os estudantes. Estes precisam unir-se com os trabalhadores.
Um exemplo disso foi o ato do dia 30 de Março em frente ao Palácio do Piratini onde milhares de trabalhadores e estudantes se uniram para lutar contra as demissões, a redução de salários e direitos, o sucateamento da educação de Lula e Yeda e o Capitalismo. Estiveram presentes cerca de 30 estudantes do Parobé que compreendem a importância de sua participação ativa nas lutas e que atenderam o chamado do GEPA a não voltarem para a aula depois do recreio e que fossem a LUTA!
Porem, alem de participarem das lutas os estudantes devem estar conscientes da importância destas lutas e amplamente organizados em sua escola
O GEPA fará um esforço para criar um Conselho de Representantes composto por representantes eleitos em cada sala de aula e por criar um grêmio aberto e democrático que faça estes debates com os estudantes e avancem em suas consciências. Da mesma forma, os estudantes devem organizar-se nacionalmente. No passado, esse papel já foi desempenhado pela UNE e pela UBES. Hoje, assim como a UMESPA, essas entidades estão contra os estudantes e são agências governamentais. Nós pretendemos fortalecer a CONLUTE - Coordenação Nacional de Lutas dos estudantes - como uma entidade democrática e de lutas. Para que isso aconteça, lutamos por mudar a sua direção e a sua política.
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