Agradecimento da Chapa reeleita Avançar na Organização Consciência e LUTA!

Agradecemos todos aqueles que nos apoiaram durante a campanha, que divulgaram nossas propostas aos seus colegas, e aqueles que acreditaram e nos deram um voto de confiança para permanecermos mais um ano organizando conscientemente a luta dos estudantes e trabalhadores no Parobé. Porem precisamos dizer que não entendemos este processo eleitoral que vivenciamos como uma simples disputa entre propostas de estudantes. Entendemos como uma disputa entre um programa de luta em defesa e pela conquista de uma educação pública, popular, gratuita e de qualidade, contra a apatia e adestramento da consciência dos estudantes perante os ataques ao ensino público e aos trabalhadores, praticado pelos governos Lula, Yeda e Fogaça a serviço dos empresários. Em suma o que estava em jogo era os interesses históricos dos estudantes e trabalhadores versus os interesses dos empresários. Felizmente os estudantes do Parobé já estavam “precavidos” destes métodos e “promessas” e souberam distinguir entre os seus interesses e os de seus inimigos. No fim prevaleceu as propostas de uma gestão combativa, classista e independente para avançarmos na organização, consciência e luta.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Moção de apoio à greve dos trabalhadores em educação

O Grêmio Estudantil do Parobé manifesta seu apoio à luta dos servidores públicos e em especial à greve dos trabalhadores em educação. O governo Yeda escolheu a dedo este momento, desfavorável para a luta dos professores e funcionários de escola, para dar continuidade a seu projeto de desmonte da educação e tentar aprová-lo sem resistência da comunidade escolar. Entendemos que a paralisação das aulas neste momento prejudica o término do ano letivo. Porém, não foram os professores que escolheram a hora da luta, foi o governo Yeda que escolheu esse momento para jogar a opinião pública contra o funcionalismo público, e concretizar o projeto que outros governos já tentaram aprovar, como Olívio Dutra e Germano Rigotto.

Estamos certos de que pior do que a paralização das aulas é o desmonte dos serviços públicos em geral e espcificamente da educação pública, que se expressa através dos arrochos salariais (reajustes salariais insuficientes), infra-estrutura sucateadas (falta de verbas para manutenção das salas de aulas e melhoria dos laboratórios e espaços das escolas) e a Enturmação, que a exemplo do REUNI de Lula, amontoa estudantes em salas de aula para não contratar mais professores, dificultando assim o aprendizado dos alunos e aumentando o desemprego.

Apoiamos a greve dos trabalhadores em educação, por se tratar de um método de luta legítimo dos trabalhadores. No entanto, para essa luta se tornar vitoriosa, precisa buscar o apoio da comunidade escolar e de outras categorias, se apoiar fundamentalmente na luta direta contra o governo Yeda, na independência de classe, na propaganda e agitação contra o capitalismo, que é o responsável por esses ataques.

Por isso nos colocamos ao lado dos trabalhadores em educação nessa luta contra o desmonte da educação pública e na luta por uma educação pública, popular, gratuita e de qualidade.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Organização, a Consciência e A LUTA!

A atual gestão do GEPA,

"Organização, Consciência e Luta!", tem como objetivo central organizar os estudantes; ajudá-los a avançar sua consciência e lutar para conquistar uma educação gratuita e de qualidade e contra os ataques que sofrem por parte dos governos que deixam o ensino público jogado às traças.

Nossa gestão pensou muito em qual seria a melhor maneira de unir os estudantes em maior número, para que estes debatam os problemas do dia a dia da escola e da sociedade em que vivem, a terem ferramentas de organização fixas, com as quais possam contar, e em que possam além de discutir suas necessidades, decidir e realizar planos de ação de acordo com elas, traçarem seus objetivos e somarem força.

Em primeira instância, este instrumento é o grêmio, que em nossa gestão se reúne semanalmente, é ativo, está sempre aberto para receber e ouvir os estudantes, e sempre atento às necessidades deles, e o mais importante, sempre disposto a se enfrentar com quem se colocar contra os estudantes. Apesar da disposição do grêmio, sabemos que ele é pequeno para receber todos os estudantes dispostos a mudar suas condições de vida. Em primeiro lugar, chamamos a todos os estudantes descontentes com o ensino público a procurarem o grêmio como ferramenta de luta, e saibam que podem contar com ela.

Para atingir números maiores de estudantes, para uni-los, pensamos em usar uma ferramenta de organização onde todas as turmas teriam os seus representantes, o Conselho de Representantes de Turma (CRT). Pensamos que desta forma é possível avançar, pois organizar o maior número de estudantes traz mais força. Traz ares novos ao grêmio, novas idéias, e assim conhecemos mais as necessidades dos estudantes, e dessa forma, podemos fortalecer e crescer a nossa organização e as nossas lutas!

Depois de pensar e traçar um plano, fomos para a ação. Após um longo trabalho de consciência na escola, fazendo panfletagens, passando em sala, gerando o debate entre os estudantes, foram criadas as primeiras condições para uma reunião com os representantes de turma. Logo no primeiro encontro (em maio), os representantes de turma levantaram uma série de problemas, que traziam representando o debate que fizeram nas suas turmas. Foi confirmando-se o que já sabíamos: os estudantes do Parobé não estão contentes. O CRT é algo novo no Parobé, mas desde sua primeira reunião, os estudantes demonstraram disposição em participar ativamente das discussões com o GEPA para solucionar problemas e lutar para conquistar melhores condições de estudo. Ou seja, só faltava uma direção que tivesse o interesse de convocar os estudantes a lutarem por objetivos nobres.

Já no segundo encontro, em julho, as reivindicações já levantadas voltaram a ser debatidas e se somaram a outras, fruto das discussões nas turmas. Nessa reunião, o GEPA levou uma proposta de ação. Não era possível que os estudantes, descontentes, discutissem sem formar sua luta! E o CRT abraçou a proposta do GEPA de elaborar uma pauta de reivindicações (a ser entregue à direção da escola e ao presidente do conselho escolar. Não confiando na boa vontade da direção (com muita razão), assumiram o plano de lutas elaborado pelo grêmio, que primeiramente visava divulgar essa pauta de reivindicações e conscientizar nossos colegas da importância de sua participação nessa luta, sem a qual as reivindicações seriam engavetadas.

Logo, membros do GEPA e representantes de turma fizeram faixas, cartazes e um panfleto convocando os estudantes a participarem de um ato em frente as catracas na entrada da aula e de um piquenique no recreio, expressando nosso descontentamento com o pagamento de matrícula e de material escolar em escola pública, com xerox de polígrafos; preços do bar; catracas pagas e trancadas para os alunos de menor para o bar vender mais laboratórios sucateados, más condições de ensino. Um método reivindicatório utilizado pela gestão anterior, o abaixo assinado, não foi utilizado. Era preciso muito mais do que isso. Os estudantes apontaram nessa direção quando lembraram que sua experiência com abaixo assinado no passado, sempre terminou em “engavetamento”.

Um dia antes do ato que foi marcado, a direção começou a mostrar sua face violenta retirando as faixas com as reivindicações dos estudantes. O GEPA não se curva diante das direções a mando do governo, e então os estudantes recolocaram a faixa na frente do GEPA, sob ameaças da direção.

No dia 16 de julho, dia do ato, a mobilização começou cedo. Antes de abrirem os portões, membros do GEPA, representantes de turma e alunos já se encontravam na frente das catracas. Munidos de cartazes, faixas e megafone chamavam a atenção dos seus colegas para as reivindicações. À tarde foi realizado um piquenique pela redução dos preços do bar e pela implantação urgente da merenda escolar para todos os alunos, sem exclusão dos alunos do ensino técnico.

Depois de ver a amplitude das manifestações, o GEPA sofreu retaliações da direção da escola. Com medo da força dos estudantes tomarem maiores proporções, e com medo de ter que se explicar ao governo depois e atender as reivindicações dos estudantes, a direção veio tentar intimidar os estudantes e frear suas lutas.

Esses primeiros passos do Conselho de Representantes de Turma (CRT) ainda são pequenos, mas bastante significativos. São pequenos se comparamos com o tamanho das tarefas que nos temos pela frente, de nos organizarmos amplamente e em nossa escola e trabalho e lutar contra os ataques dos governos a serviço do capitalismo cada vez mais profundos e intensos aos trabalhadores e estudantes.

São produtivos se levarmos em conta a inexistência de uma saldo organizativo deixado pelas gestões apáticas anteriores, que pouco ou nada fizeram para avançar na organização e consciência dos estudantes.

No caminho percorrido apesar de curto, como já vimos, nos deparamos com alguns obstáculos e percebemos também com quem nós não podemos contar. Os companheiros da gestão anterior quando lhes convém aparecem – assembléias para eleger seus delegados para o Congresso, por exemplo – na hora da luta e do enfrentamento com a direção e o governo, ninguém sabe ninguém viu.

Felizmente o destaque fica por conta da disposição e interesse dos estudantes que contribuem nesse processo de construção de um GEPA e um CRT atuantes e de luta. No entanto a consolidação destes se Dara através das lições aprendidas em cada luta que travarmos. Esses pequenos passos vão em direção a um caminho que requer mais trabalho,tempo e disposição, mas estamos na direção certa única capaz de nos conduzir a uma vitória efetiva.

CNE REAFIRMA O VELHO MOVIMENTO ESTUDANTIL


O Grêmio Estudantil do Parobé sob a gestão "Organização Consciência e Luta!" participou em junho deste ano do Congresso Nacional de Estudantes. Diferentemente das gestões passadas se decidiu a tese e os respectivos delegados que iriam representar os estudantes do Parobé em uma assembléia. Onde por maioria se elegeu a tese "POR UMA COORDENAÇÃO NACIONAL ESTUDANTIL QUE UNIFIQUE A LUTA DOS ESTUDANTES COM A LUTA DOS TRABALHADORES" que foi escrita pelos membros da atual gestão.

O Congresso, realizado na UFRJ, reuniu 1300 delegados de todo o Brasil que esperavam discutir um “novo movimento estudantil”, mas que ficaram reféns dos métodos do “velho”: restrição dos debates, pouco tempo de apresentação de teses, manobras, falta de democracia.

O método de eleição de delegados:
desde o começo as marcas do “velho movimento estudantil”

Desde o início o CNE foi marcado pelo “velho ME”. Durante a tirada de delegados, a direção majoritária, o PSTU e correntes menores, usaram da mesma tática dos CONUNES: preferiram as malfadadas assinaturas para eleger delegados ao invés das assembléias. O que significa preferir colher assinatura com os colegas ao invés de construir assembléias? Significa que não há um debate profundo sobre o que o delegado vai defender, nem para o que está sendo eleito. Assim não há a possibilidade de efetivamente discutir o conteúdo das teses, bem como qual o programa o delegado votado defende. Este método deseduca a base e serve para eleger muitos delegados afim de inchar a delegação e em nada para avançar a consciência dos estudantes.

Como se não bastasse a tirada de delegados, a direção majoritária tratou a oposição da mesma forma que a UNE: ameaçou com a possibilidade de exclusão e/ou deu os últimos e piores lugares nos ônibus.

A nova “entidade” é a vitória do ME atrelado ao governo

A fundação da Assembléia Nacional Estudantil – Livre (ANEL) é uma nova manobra do PSTU para possibilitar a fusão da Conlutas com a Intersindical. Também é uma clara intenção de estreitar os laços da Frente de Esquerda (PSOL/PSTU/PCB). Quem perde são os estudantes e os trabalhadores combativos.

Como a Conlute era uma proposta de alternativa à UNE, onde permanece a maioria das correntes do PSOL, ela era um estorvo à unificação entre a Conlutas e a Intersindical, na medida que esta última defende uma nova central sindical restrita aos trabalhadores de carteira assinada. A dissolução da Conlute e a unificação da Conlutas e da Intersindical significa o fim da perspectiva da unidade entre o movimento sindical e estudantil.

O PSTU, em sua tese, para disfarçar a dissolução da Conlute, propõe a ANEL como uma nova “entidade”. Mas esta “entidade” é o mesmo que a Intersindical hoje: permite em seu interior setores que estão dentro ou fora da UNE. Isto fica explícito por este trecho da tese do PSTU: “...acreditamos que a ANEL deve estar aberta para todos os estudantes que querem construir um novo movimento estudantil livre das amarras do governo. Isso significa que estudantes que ainda estão realizando uma experiência com a UNE ou que, equivocadamente, defendem a necessidade de se seguir participando de seus fóruns, devem poder participar também da ANEL. O único critério de participação na Assembléia deve ser a disposição em construir um instrumento de organização e luta dos estudantes contra os planos neoliberais de Lula e do Banco Mundial” (Outros maios virão).

Não é a toa que o critério para a participação não é a luta contra o governo Lula, mas contra os seus “planos neoliberais”. Esta conciliação serve para atrair a “esquerda da UNE”, ou seja, colocar o “anel” no dedo do PSOL e selar a aliança oportunista. Ao mesmo tempo extingue as fronteiras entre o movimento estudantil independente e o atrelado ao governo Lula. Fala em independência dos governos, mas tudo isso é propaganda enganosa; a ANEL nasce com a mesma política do PSTU para a Conlutas: exigir que Lula “governe para os trabalhadores e estudantes”, o que, na realidade, só serve para gerar ilusões no governo e possibilitar os calendários de luta unificados entre todas as centrais e organizações governistas.

As discussões viciadas no CNE

Os ativistas estudantis que chegaram no Rio de Janeiro empolgados para o Congresso, esbarraram numa estrutura voltada para cercear o debate em torno dos temas selecionados pela direção majoritária do evento, o PSTU. As teses, que tinham uma previsão de apresentação de 15 minutos, foram reduzidas por uma manobra, a míseros 8 minutos. Não houve outra oportunidade para a discussão das teses e o confronto de opiniões. Perdeu o movimento estudantil independente! Venceu o burocratismo mais uma vez.

Os diversos painéis que ocorreram serviram pra distrair a vanguarda presente com debates viciados e, em sua maioria, com intelectuais ligados ao PSTU. As diversas lutas do movimento estudantil que ocorrem atualmente, como a luta das federais paulistas e, em especial, a greve na USP, não saíram dos marcos das restrições impostas pelo PSTU. Por exemplo, não se discutiram métodos de auto defesa para o movimento que poderiam ser utilizados contra os ataques dos bandos fascistas da USP, nem se apontaram medidas concretas para a luta pelas eleições diretas para reitor.

As plenárias de encaminhamentos das discussões dos grupos foram marcadas por manobras típicas dos CONUNES. Na plenária final, por exemplo, os delegados se dividiram entre favoráveis a dissolução da Conlute na ANEL; e os que se opunham a esta liquidação e defendiam a construção de uma Coordenação Nacional Estudantil independente do governo. Manobra após manobra, tentando tornar o debate mais estéril e confuso possível, a direção majoritária passou a aprovação da ANEL. E o pior, o fez propagandeando o ocorrido como uma grande vitória para o movimento estudantil, quando na realidade ela representa o retorno ao movimento estudantil atrelado ao governo. Não foi apenas uma capitulação ao PSOL – que ainda está na engessada “esquerda da UNE” –, mas ao próprio governo Lula. Para que isso não ficasse evidente aos ativistas combativos, os métodos tiveram que ser os mesmos praticados pela direção da UNE.

Nem balanço da Conlute, nem discussão programática!
Prevaleceu o programa conciliador!

O CNE não fez nenhum balanço do período de existência da Conlute. Se restringiu a falar da nova entidade fantasma, a ANEL. As discussões giraram em torno das lutas nacionais, mas de forma abstrata, sem dar um caráter sério e um programa revolucionário para elas. Não houve discussão programática para fundar a “ANEL”. Houveram apresentação dos pontos da tese da direção majoritária que foram enfiados goela abaixo do plenário, apesar da inconsciência de muitos. As resistências e oposições ao programa conciliador foram respondidos com a velha truculência burocrática.

No final das contas, prevaleceu o programa conciliador que reafirma integralmente o velho movimento estudantil. Ele se expressa através da obviedade da palavra de ordem “que os capitalistas paguem pela crise”, sem que esta direção não mexa um dedo para que isso ocorra; das “exigências” ao governo Lula que só servem para gerar ilusões e blindá-lo (bem aos moldes de CUT, UNE, CTB, etc.); da reivindicação rebaixada de “nenhum centavo a menos para a educação” e “congelamento das mensalidades” nas universidades pagas; da proposta de estatização apenas das “universidades em crise”; da defesa das cotas raciais em alternativa ao fim do vestibular e livre acesso às universidades; do isolamento entre movimento estudantil e dos trabalhadores, que seguirá com a fusão da Conlutas e da Intersindical em uma nova central. Em suma: prevaleceu o programa mínimo reformista e atrelado ao governo em detrimento do programa de transição e dos seus métodos de luta.

ESTE XEROX NÃO PODE CONTINUAR!

Os problemas do xerox da escola vêm de longa data. Não é a primeira vez que vemos alunos reclamando tanto do preço, como das filas e, principalmente, da qualidade das cópias. É importante fazermos uma reflexão sobre o assunto para isso, estamos distribuindo este panfleto. Primeiramente, a pergunta: para que precisamos de um xerox dentro da escola? Rapidamente, todos respondem: para tirarmos cópias do material de aula. Mas e por que precisamos, nós, gastar dinheiro para adquirir o material necessário para estudar, se já pagamos impostos para isso? Estamos numa escola pública, não temos um poder aquisitivo alto para estudar em particulares. A maior parte do material do técnico vem do xerox: polígrafos, cópias de desenhos, etc... Livros, não recebemos nenhum temos que comprar fora, ou no próprio xerox. No caso do ensino médio, existem livros, mas os professores consideram estes fracos, e utilizam os chamados “materiais de apoio” que nada mais são do que polígrafos, apostilas e similares, apenas com um nome mais bonitinho para não escancarar o pagamento do material de aula. Com isso, ficamos reféns do funcionamento e dos custos do xerox, pois é muito raro um componente não precisar de algum tipo de impresso e praticamente todos só estão disponíveis no xerox. Muitos acham isso normal, mas o fato é que estamos pagando pela educação pública. Além do material didático, temos que levar em conta também os outros gastos que temos em função da escola: passagens escolares, materiais de determinados componentes (como Desenho Técnico, por exemplo), de aulas práticas (como os jalecos das aulas de laboratório do ensino médio), o crachá que a direção obriga os novos alunos a pagar, sob pena de não poder se matricular... Tudo isso significa só uma coisa: estamos pagando pela educação numa escola pública. O correto seria que o estado fornecesse verbas suficientes para arcar com os custos totais da educação professores, instalações E materiais. Mas não é isso que acontece. O estado não fornece verba suficiente para os estudantes, e temos que pagar duas vezes a primeira em impostos, que são redirecionados para as empresas falidas ao invés da educação, e a segunda no nosso dia-a-dia. Isto é uma característica do capitalismo, onde o Estado abandona cada vez mais sua função social (fornecer aos “cidadãos” saúde, educação, segurança, etc.) para se tornar protetor dos ricos empresários, que já recebem generosas isenções de impostos. Seria um mal menor se o xerox funcionasse de forma eficiente, mas não é isso o que acontece. Muitas vezes a única máquina que funciona acaba estragando, e então ficamos sem ter onde adquirir o material, quando então o xerox fica fechado. A última vez ocorreu há pouco tempo, nas primeiras semanas de aula da volta das férias. Diante dessa situação, e vendo o descontentamento dos estudantes, o GEPA convoca uma reunião para discutir a questão do xerox e, se possível, organizar alguma ação conjunta entre os estudantes para que se alcance uma solução. Já vimos, em inúmeros exemplos, que do poder público nada se pode esperar. É preciso que nós, estudantes, nos organizemos e lutemos por nossos interesses.

Se a catraca não liberar... NÓS VAMOS PULAR! Se o preço do bar não baixar...NÃO VAMOS COMPRAR!


O bar do Parobé deveria oferecer um lanche com preços acessíveis à maioria dos alunos da escola. Mas isso é apenas um sonho, já que poucas pessoas o frequentam, enquanto uma maioria atravessa a rua pra pagar menos. Porém, isso ficou impossível para alguns depois que as catracas passaram a ser fechadas no recreio. O GEPA e o Conselho de Representantes de Turma (CRT) se reuniram e discutiram sobre os temas que geram revolta nos alunos. As reclamações se transformaram em uma pauta de reivindicações, que seria entregue ao Conselho Escolar no dia 9; isto, porém, não foi possível, já que nem o local nem o horário da reunião são divulgados. A pauta foi entregue, então, à direção da escola.
  • Pela liberação das catracas, sem restrições, a todos os alunos e em todos os horários;
  • Pela redução dos preços do bar, que este atenda a maioria dos estudantes e que forneça alimentos de melhor qualidade e saudáveis;
  • Pela suspensão imediata do pagamento da matricula/crachá em uma escola pública;
  • Pela implantação urgente da merenda escolar para todos os alunos, sem exclusão dos alunos do Ensino Técnico;
  • Por mais verbas para renovação dos equipamentos dos laboratórios!
Para garantir que essas reivindicações não sejam mais uma reclamação de aluno engavetada e arquivada, foi traçado um plano de luta para exigir e pressionar a quem quer que seja - direção, Secretaria de Educação, governo, etc. - para que estes problemas sejam resolvidos o quanto antes. Uma primeira ação será nesta quinta-feira, na entrada da aula, onde nos concentraremos em frente às catracas exigindo que sejam liberadas em todos os horários. Outra será no recreio, com um piquenique em frente ao bar pela redução dos preços e por lanches de melhor qualidade e saudáveis. Para que essas ações sejam vitoriosas, é preciso que todos os alunos participem dessa luta, demonstrando seu apoio à pauta de reivindicações e seu descontentamento contra todos os problemas da escola.

Torneio Apertura GEPA 2009

No apogeu da epidêmia da Gripe "A aconteceu o torneio apertura. Com muitas equipes desfalcadas tivemos uma primeira fase muito fraca. No grupo A, por exemplo, ocorreu uma partida com oito jogadores, 4 pra cada lado, o que dificultou a ascensão do nível técnico dos “atletas”. A exceção foi o grupo B, onde tivemos grandes jogos com boas equipes. De Arreganho, Família SAAD e Caxa Baxa Mangue.
Na fase final não tivemos surpresas. CB Mangue, que chegára em segundo em 2008, conquistou o 3º lugar, depois de perder nos pênaltis para o Choque 04. De arreganho queria conquistar o “Bi”, mas não foi dessa vez. Quem levou a taça pra casa foi o choque 04. Baseado na força do pivô e capitão Juliano e na determinação tática da equipe foi vencendo adversários e ultrapassando barreiras. Vale lembrar que dois jogadores jogaram com sintomas da Gripe A, o experiente goleiro Emerson e ala Biro-Biro. Em entrevista “coletiva exclusiva” após o jogo o capitão Juliano disse: “tivemos dois jogos difíceis: a semifinal contra o Mangue a qual vencemos nos pênaltis e a final contra o De Arreganho porque era um time muito rápido. Foi uma boa experiência e estamos contentes com esse resultado.”

CONVOCAÇÃO PARA O CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMA 09/07/09

GEPA CONVOCA: PARTICIPE DA REUNIÃO DO
CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMA

O Grêmio Estudantil do Parobé (GEPA) convoca todos (as) os (as) alunos (as) a participarem do Conselho de Representante de Turma (CRT), que reunirá dois representantes de cada turma nesta quinta-feira nos três turnos: Manhã 11h, Tarde-17h e Noite- 19h.
O CRT é um espaço democrático onde todas as turmas estarão representadas para discutir os problemas da escola, e transformar as conversas de corredor em uma pauta de reivindicações. No último CRT, algumas dessas conversas foram discutidas, tais como: os preços do bar, a restrição das catracas de entrada e saída dos alunos menores de idade e o sucateamento dos laboratórios da escola.
No entanto, a função do CRT vai além da discussão dos problemas. O CRT é uma ferramenta, um instrumento, assim como o GEPA, de organização dos estudantes, para elaborarmos a melhor forma de atuação para resolvermos estes problemas. Porém, esta atuação deve ser em conjunto com o GEPA, e, para serem vitoriosas, alcançarem seus objetivos, essas duas ferramentas precisam do apoio e da participação ativa dos estudantes na construção destes, com sugestões, ajudando nas tarefas que forem encaminhadas, etc. A colaboração com o CRT começa na sala de aula, com os representantes discutindo com toda a turma a pauta do conselho e outros assuntos que a turma achar interessante. Depois, passa pela tarefa do representante de informar a turma como foi o CRT - o que foi discutido, decidido, o que vamos fazer, etc.
Contamos com a participação de todos os representantes, já que estes serão liberados da aula para participar, e dos demais alunos nas lutas que se sucederão.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O 1º de Maio e o fora Yeda!

O 1º de maio é uma data lembrada como o “dia do trabalhador”. Os patrões, as empresas, a mídia e as entidades sindicais governistas tentam transformar este dia em uma data comemorativa. Neste dia são promovidos shows e eventos de lazer. Esquecem-se, contudo, que o 1º de maio é um marco das lutas dos trabalhadores contra a exploração dos capitalista, e que não há muito há se comemorar, pois os trabalhadores estão pagando pelo preço da crise econômica com demissões e retirada de conquistas históricas. É comum vermos manifestações marcadas para este dia. Na maior parte das vezes, seus organizadores não as constroem entre a base das categorias de trabalhadores, e as limitam à participação da vanguarda, e, infelizmente, na maior parte das vezes são realizadas apenas para “cumprir tabela”, sem tarefas concretas.

Neste ano, excepcionalmente, não foi realizada nenhuma manifestação no dia. O motivo: há um ato do CPERS Sindicato (o sindicato dos professores do Rio Grande do Sul, cuja direção é formada por militantes do PT, PSOL e PSTU) reivindicando o “Fora Yeda”, no dia anterior, 30 de abril. Muitos já devem ter visto cartazes e propagandas na TV falando sobre a campanha, impulsionada principalmente por este sindicato. Contudo, o que está por trás desta campanha são os interesses eleitorais dos partidos que dirigem o CPERS.

Vamos fazer uma análise da questão. Aparentemente, o CPERS leva adiante a campanha por conta dos sucessivos ataques de Yeda à categoria. Todos devem se lembrar, por exemplo, da última greve, deflagrada por conta da recusa da governadora em aceitar os valores e “benefícios” exigidos pela categoria como piso salarial. Porém, apenas o “Fora Yeda” não é suficiente, pois apresentado assim simplesmente, dá a entender que um suposto governo do PSOL, do PSTU ou do PT poderia atender às reivindicações dos trabalhadores e deixar de atacar as suas conquistas.

Os ataques à educação pública não surgem da vontade deste ou daquele governante, mas das necessidades do próprio sistema capitalista. Este sistema existe para defender os interesses dos empresários, dos patrões, daqueles que são os donos dos meios de produção. Por conta do modo anárquico de produção deste sistema, a taxa de lucro das empresas tende sempre a cair, pois é produzido no mundo mais do que a demanda. Por conta disso, ocorrem os famosos “cortes de gastos” – e sempre quem sai perdendo nisso é, obviamente, o trabalhador, com demissões, métodos exploratórios como os bancos de horas, etc. Muitas vezes, isto não é suficiente, e as empresas afundam em dívidas. Quando isto ocorre em larga escala, acontece o que estamos vivendo hoje – uma crise econômica.

Nestes momentos, mais que nunca, para a alegria dos patrões, surgem milhões (muitas vezes bilhões) das mãos dos governos. Todo o dinheiro que os governos mentiam não ter para dedicar à educação, saúde, previdência, “magicamente” é colocado à disposição dos empresários falidos, para que liquidem suas dívidas. Os governos movem mundos para que os empresários não percam seus privilégios. Isto sem contar, claro, as isenções fiscais para as grandes multinacionais, que não precisam necessariamente de um momento de crise para existir.

Tudo isto tem um custo, é óbvio. O governo precisa, então, fazer como as empresas: cortar gastos. Diminui (ainda mais) a verba dos serviços básicos e ataca com maior ferocidade as conquistas dos servidores públicos. Por exemplo, para pagar os empréstimos junto ao Banco Mundial, a governadora Yeda acaba com o plano de carreira do magistério e “amontoa” o dobro da capacidade de alunos em uma sala de aula para manter mais professores desempregados.

A campanha do “Fora Yeda” é construída por via eleitoral, pois os partidos que a motivam, PSOL, PSTU e principalmente PT, a utilizam para fortalecer seus partidos para a próxima as próximas eleições. Deve-se lembrar, por exemplo, que Olívio Dutra, do PT, na época em que foi governador, também atacou os professores, que também fizeram greves durante seu mandato. O PSOL e o PSTU não governaram o Estado, mas por via eleitoral, jogando o jogo da burguesia, não seriam diferentes de todos os outros governos. Mesmo assim, estes partidos são culpados por, fazendo essa campanha de desgaste eleitoral do governo Yeda, levarem água ao moinho do PT em 2010.

Ao invés de denunciar apenas um governo, deve-se denunciar o sistema como um todo. Se quisermos ser verdadeiros com os trabalhadores, devemos destruir as ilusões que lhes são incutidas pelas direções pelegas,de que a troca de um governo por outro mudará a vida dos trabalhadores e estudantes. A campanha dos trabalhadores conscientes deve ser pela denúncia do capitalismo e pela organização dos trabalhadores em derrotar os ataques patrocinados por ele.

Para que tenhamos um governo que defenda os interesses da classe trabalhadora, é necessária, absolutamente necessária, a tomada do poder pela mesma. Mas é preciso, antes disto, um árduo trabalho de construção; em cada local de trabalho, em cada local de estudo, deve-se criar um movimento forte contra o capitalismo, denunciando este sistema explorador, e formando uma célula do poder operário. Este poder não consegue conviver indefinidamente com o poder da burguesia – cedo ou tarde, um ou outro precisará triunfar, pois a sobrevivência de um significa, necessariamente, a extinção do outro.

Isto é o que uma direção honesta diria aos trabalhadores. Isto é o que uma direção firme e decidida impulsionaria. Porém, por mais uma vez, no 1º de maio, a classe trabalhadora estará órfã de uma direção revolucionária.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O primeiro passo do Conselho de Representante de Turma já foi dado!

Nos dias 27 e 28 de abril, o Grêmio Estudantil do Parobé realizou dois encontros com os representantes de turma, para discutir a construção do Conselho de Representante de Turma. A princípio, este debate deveria envolver ambos os ensinos, Técnico e Médio. Porém, na última hora, a direção não liberou os representantes do Ensino Médio, alegando haver “um mal entendido na nossa solicitação para dispensar os representantes".

Apesar do contratempo, no encontro do dia 27, que se realizou no turno da noite, estiveram presentes 15 estudantes, representando 10 turmas. Depois de uma longa palestra da coordenadora do SOE, apenas para entregar uma pesquisa de satisfação interna para que os estudantes preenchessem (a qual será arquivada logo depois de entregue, como sempre), foi dado um informe sobre o projeto do CRT.

Foi colocado também que as reuniões até o momento eram convocadas pelo SOE pra resolver os problemas dentro da escola, porém este apenas canalizava o descontentamento dos estudantes, e logo depois arquivava os processos. Falou-se, ainda, que problemas como os que foram debatidos anteriormente (houve uma reunião do SOE com os representantes, que precedeu a nossa) como a falta de professores, falta de laboratórios, reformulação dos cursos, só será resolvido com a organização dos estudantes.

Logo depois se abriu espaço para perguntas, e todas giraram em torno do funcionamento e sobre qual o poder que este organismo teria frente à direção da escola. A resposta se deu no sentido de esclarecer que o funcionamento e o poder do CRT estavam subordinados à participação efetiva dos representantes, e que o poder de voz e ação do CRT estava direta e principalmente ligado à ampla participação dos estudantes.

Encaminhamos que marcaríamos uma nova reunião com uma maior propaganda, para que mais representantes estivessem presentes - principalmente os cursos de Estradas, já que são os mais atingidos com a falta de professores.

No dia seguinte (28 de abril) o encontro contava com 31 estudantes, representando 18 turmas do ensino técnico. Deram-se os mesmos informes da reunião do dia anterior. Ao se abrir o espaço para as perguntas, ao longo da discussão, vários problemas foram levantados, dentre os quais se destacam o preço do bar da escola, as catracas (que agora passaram a restringir a entrada e saída dos alunos menores de idade), problemas com professores e falta de professores, o "Xerox", sucateamento dos laboratórios, etc.

Diante da diversidade das reivindicações, foram identificadas duas com maior urgência de serem encaminhadas. São elas a falta de professores e o sucateamento dos laboratórios, e a questão das catracas.

Para isso foi proposto que se criasse comissões, para encaminhar uma solução. A proposta foi questionada por uma representante, pois boa parte dos presentes da reunião já havia dispersado, e, segundo ela, estes teriam direito de participar das comissões ou votar a favor ou contra a criação das mesmas. A este questionamento, foi respondido que, no momento em que os demais presentes a reunião se retiraram, estes se abstiveram de sua participação, inclusive da votação. Feita a votação, houve 3 votos contra a criação das comissões e cerca de 20 votos a favor.

A formação das comissões foi feita espontaneamente, ficando então compostas de 4 membros cada. Formaram-se as seguintes comissões: Comissão das Catracas e Comissão da Falta de Professores e Laboratórios. Ficou encaminhado também que faremos outro encontro, desta vez com a participação do Ensino Médio, semana que vem.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

A crise capitalista e as tarefas do movimento estudantil

A realidade atual não é nada alentadora para os estudantes. Estes sofrem com o sucateamento do ensino e com a falta de perspectivas na sociedade, principalmente a falta de empregos. Na sua maioria, são candidatos a futuros desempregados. Vemos o ensino público ser paulatinamente desmontado por todos os governos, estaduais ou federais. As verbas que deveriam ser para a educação e outros serviços públicos são canalizadas para as empresas privadas. Nas escolas públicas falta tudo: professores, funcionários, materiais, manutenção. Enquanto isso, o governo Lula compra vagas nas universidades privadas para salvar os empresários da educação particular da crise. Os estudantes sofrem, como cidadãos e como alunos, a falta de perspectiva de emprego, os baixos salários, a péssima qualidade do ensino, o aumento das passagens de ônibus e dos alimentos.

Essa política contra o povo e em benefício do capital não é exclusiva deste ou daquele governo mas de todos os governos: FHC, Lula, Yeda, Fogaça. Somos testemunhas da tentativa atual de Yeda de destruir o plano de carreira do magistério. Isso é uma afronta que atinge a todos os trabalhadores, em primeiro lugar os professores e estudantes. Os professores merecem todo o nosso apoio contra essa truculência do governo Yeda.

A crise econômica atual tem representado o aumento do desemprego e deve trazer ainda muito mais sofrimento e privações aos trabalhadores e estudantes. De início, Lula tentou dizer que a crise era de Bush, que a economia brasileira tinha fundamentos sólidos. Queria enganar, mais uma vez, o povo. O Brasil é extremamente dependente da economia mundial e a política do governo consiste em, exatamente, aumentar essa dependência. A crise recém está começando e já as conseqüências todos estão vendo. Devemos nos preparar para ataques muito maiores. Lula tem se preocupado apenas em salvar as grandes empresas, principalmente os bancos e as montadoras de automóveis, que já receberam centenas de bilhões de reais, enquanto os trabalhadores perdem os seus empregos sem que o governo nada faça.

Esses problemas sociais não terão solução enquanto o capitalismo subsistir. As crises periódicas são parte desse sistema desde o seu nascimento. São parte também do capitalismo o desemprego, a corrupção, os baixos salários, a precarização dos serviços públicos, - em particular, da educação - a fome e a miséria. Todas as nossas lutas pela melhoria do ensino devem visar a destruição do capitalismo. E isso não é tarefa apenas para os estudantes. Estes precisam unir-se com os trabalhadores.

Um exemplo disso foi o ato do dia 30 de Março em frente ao Palácio do Piratini onde milhares de trabalhadores e estudantes se uniram para lutar contra as demissões, a redução de salários e direitos, o sucateamento da educação de Lula e Yeda e o Capitalismo. Estiveram presentes cerca de 30 estudantes do Parobé que compreendem a importância de sua participação ativa nas lutas e que atenderam o chamado do GEPA a não voltarem para a aula depois do recreio e que fossem a LUTA!


Porem, alem de participarem das lutas os estudantes devem estar conscientes da importância destas lutas e amplamente organizados em sua escola

O GEPA fará um esforço para criar um Conselho de Representantes composto por representantes eleitos em cada sala de aula e por criar um grêmio aberto e democrático que faça estes debates com os estudantes e avancem em suas consciências. Da mesma forma, os estudantes devem organizar-se nacionalmente. No passado, esse papel já foi desempenhado pela UNE e pela UBES. Hoje, assim como a UMESPA, essas entidades estão contra os estudantes e são agências governamentais. Nós pretendemos fortalecer a CONLUTE - Coordenação Nacional de Lutas dos estudantes - como uma entidade democrática e de lutas. Para que isso aconteça, lutamos por mudar a sua direção e a sua política.

Torneio de futsal GEPA 2008 – II semestre masculino



CAMPEÃO: DE ARREGANHO FC
VICE: ACADEMIA DO MANGUE
3º LUGAR: PAVILHÃO 8


Durante o mês de novembro de 2008, o GEPA organizou o torneio de encerramento do ano letivo de 2008. No dia 5 de novembro às 18h30min realizamos uma reunião (aberta a todos os alunos) na sede do GEPA para definir a organização do torneio. Além da direção do GEPA estavam presentes outros 4 alunos que decidiram
que os jogos seriam realizados na quadra de futsal. Todos os alunos matriculados pode-riam participar do torneio (todos os técnicos e o en-sino médio) distribuímos as fichas de inscrições durante duas semanas e 17 equipes se inscreveram. Na manha do dia 21 já havia uma tabela no mural que informava os horários dos jogos de cada equipe e o regulamento da competição.
No dia 22 ocorreu a primeira fase. Em baixo da chuva os “atletas” se empenharam por suas equi-pes. Não teve muitas jogadas de efeito (ou por causa da chuva ou pela qualidade técnica dos jogadores) destaque para a vitória dos MECÂNICOS sobre o glo-rioso PAU NA XIMBICA por 10 a 1. As equipes que se classificaram jogaram a fase final no dia 29. Num dia ensolarado, aí sim tivemos grandes jogos. Muitos jo-gos foram decididos nos pênaltis, mostrando o equi-líbrio do torneio. Na disputa por 3º e 4º tivemos um grande confronto entre BIRO-BIRO E SEUS CAPANGAS contra o PAVILHAO 8. O jogo terminou empatado em 3 a 3, o que levou a decisão pros pê-naltis!!! Na decisão por pênaltis não deu pro BIRO-BIRO E SEUS CAPANGAS a medalha de bronze ficou mesmo com bom time do PAVILHAO 8.
Na grande FINAL do torneio tivemos mais um jogo equilibrado com duas grandes equipes. O DE ARREGANHO FC era a equipa do ágil goleiro Pedrinho e do eficiente pivô Alemão e a ACADEMIA DO MANGUE, liderada pelo fixo PALÁCIO e o ala Rato. O jogo foi equilibrado durante os dois tempos. Num empate dramático por 3 a 3 novamente a disputa o-correu nos pênaltis. Alemão converte o primeiro pê-nalti para o DE ARREGANHO FC. Rato tinha que mar-car para manter a ACADEMIA DO MANGUE na corrida, mas ele chutou pra fora. E assim o DE ARREGANHO se sagrou campeão do torneio de encerramento GEPA 2008.


Estamos programando o primeiro torneio de 2009 (a principio futebol 7) e contamos com a participação dos estudantes para organizar uma comissão de esportes que coordenará todas as atividades esportivas no PAROBÉ. Essa comissão seria para realizar orçamentos de materiais esportivos, bolas, arbitragem para campeonatos, medalhas, Com uma comissão de esportes seria possível realizar outros torneios como basquete, vôlei, e futsal feminino (tentamos ano passado, mas não teve 4 times femininos). Para isso precisamos que os alunos estejam envolvidos diretamente nas atividades do GEPA. Os alunos que se inte-ressarem devem comparecer na sala do GEPA para se inscrever.

A farsa da regulamentação dos estágios




No final de setembro do ano passado, foi sancionada pelo presidente Lula a lei nº 11.788, que dispõe sobre o estágio dos estudantes. Foram estendidos alguns direitos básicos aos estagiários, tais como férias, e regulado o tempo máximo de estágio, que agora passa a ser de dois anos em uma empresa. Além disso, foram estabelecidas cotas para portadores de deficiência (10% das vagas oferecidas pela empresa) e limitado o número de estagiários permitido em cada empresa. Porem não foi estabelecido nenhum piso salarial, ou bolsa auxilio mínima.

Foi feito um grande alarde através da mídia, como se o Estado atuasse no sentido de ampliar os direitos dos trabalhadores e estudantes. Contudo, o que deve ser discutido é o papel cumprido pelos estágios no capitalismo.

O estágio na verdade corresponde a negação de direitos básicos como: Salário mínimo, seguro desemprego, fundo de garantia, etc. Direitos estes conquistados pelos trabalhadores ao longo da história através de muita mobilização e luta. O estagiário apesar de desempenhar a mesma função de um trabalhador formal recebe uma bolsa auxilio inferior ao salário base da categoria.

O estágio é um presente para o patrão!

As empresas cada vez mais substituem os trabalhadores formais por estagiários para manterem ou aumentarem suas taxas de lucro, consequentemente a exploração sobre os funcionários.

Os estagiários precisam se organizar para lutar pelos seus interesses unindo-se aos demais trabalhadores, pois suas lutas têm origem em comum: os ataques dos patrões contra os empregados, ou, colocando de outra forma, os ataques do capitalismo. Este precisa reduzir os gastos sociais (saúde, educação, etc.) e retirar direitos históricos da classe trabalhadora para suprir as "necessidades" dos empresários: isenções em impostos, mão-de-obra barata, entre muitas outras coisas que só significam, para a imensa maioria da sociedade, maior miséria e degradação social.
Os trabalhadores regulamentados também são explorados, também lutam por melhores condições de trabalho e mais do que isso, têm em comum seu papel na produção: só têm sua força de trabalho para vender, e produzem sem controle sobre a produção. O interesse histórico dos trabalhadores e estagiários é a luta organizada pelos locais de trabalho, as mobilizações e a construção de um partido revolucionário, que lute pelo socialismo, pelo controle dos trabalhadores sobre os meios de produção. Só a luta pode mudar a vida dos explorados. Essa luta deve ultrapassar os limites econômicos, transformando-se em uma luta revolucionária contra o capitalismo e pelo socialismo.

Meia-entrada só pra 40%

Em 2006, foi aprovada uma lei que dava o direito à meia-entrada para estudantes. Inicialmente, a lei previa a meia-entrada em eventos culturais (shows, peças de teatro, exposições, circos, cinemas, etc.) e jogos esportivos, através da apresentação da carteira estudantil. As limitações eram sobre os eventos culturais realizados em finais de semana, ou que tivessem no máximo duas apresentações no município – para estes, seria concedido um desconto de apenas 10%.

No ano passado, porém, foram feitas alterações na lei. Limitou-se a disponibilidade de ingressos a 40%, com a desculpa de que assim seria possível baixar o valor dos ingressos (o que, como se pode notar, não ocorreu).

O cartão TRI dos grêmios dá direito à meia-entrada, sim!

Existe a grande questão sobre os cartões aceitos para a meia-entrada. Muitos lugares insistem em exigir o cartão TRI feito através da UMESPA ou UGES, ao invés de aceitar também os cartões feitos pelos grêmios estudantis e outras entidades. Hoje em dia, todos os cartões são feitos pela EPTC, e as entidades não confeccionam mais as carteiras – apenas encaminham os pedidos. Portanto, TODOS os cartões são ABSOLUTAMENTE IGUAIS, e TODOS devem ser aceitos EM QUALQUER LOCAL PREVISTO EM LEI.
Não podemos aceitar que este direito, embora não tenha sido conquistado com luta, seja cada vez mais restringido, até que voltemos à estaca zero – ou seja, sem meia-entrada e até sem os míseros 10% nos finais de semana. Só com luta podemos defender nossas conquistas, e os estudantes precisam se organizar para lutar. O GEPA está construindo o Conselho de Representantes de Turma, para que o Parobé tenha um movimento estudantil forte e conte com a participação de todos.
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terça-feira, 21 de abril de 2009

Sobre o Conselho de Representantes de Turma

Este texto tem como objetivo explicar melhor a proposta do Conselho de Representantes de Turma (CRT), que foi uma de nossas bandeiras de campanha na eleição do ano passado, e que é uma de nossas tarefas mais importantes e que demandam maior esforço. Uma das responsabilidades de uma gestão consequente é deixar um saldo organizativo permanente, e o CRT é uma das formas de procurar cumprir com esta responsabilidade.

Desde que assumimos a direção do GEPA, procuramos integrar os estudantes às tarefas do mesmo. Esta integração é importante porque um grêmio estudantil, assim como qualquer outro organismo de classe (sindicatos, associações de moradores, entre outras) precisa do apoio, em primeiro lugar, e da cooperação, que está subordinada ao apoio, da coletividade a que representa. Não se consegue cumprir com as importantes tarefas que se impõe a essas entidades se não houver uma relação forte, de confiança, entre a direção e sua base.

Por isto, é importante que existam organismos em que a coletividade possa expressar suas vontades, seus desejos, em que possa expor suas dúvidas e seus anseios. Uma direção que não ouve os chamados de sua base não faz por merecer a confiança depositada em si. O CRT é isto, mas também é muito mais. É um organismo em que a direção é fiscalizada em suas ações, em que se faz um balanço da atuação da mesma. Além disto, é um espaço aberto para que novas lideranças surjam, impulsionando ainda mais a construção de um movimento estudantil forte no Parobé.

Por questões de espaço, não pudemos publicar uma explicação mais detalhada sobre esta proposta em nosso jornal. Como queremos que o estudante compreenda as propostas para que, movido por sua consciência, possa decidir sobre o melhor a ser feito, estamos lançando este texto. É importante frisar que o debate não está fechado, estamos apenas publicando, abertamente, algumas das conclusões a que chegamos através de nossas discussões internas.


DEMOCRACIA PELA BASE!


A democracia de base é um dos requisitos para que exista confiança entre uma direção e a coletividade que esta representa. A construção de organismos que funcionem como agentes desta democracia é uma prova de confiança da direção em sua base, assim como a eleição da direção é uma prova de confiança da base em sua direção.

O conjunto dos estudantes deve participar das discussões e decisões. Este é um passo importante, e sua construção pode ser lenta e difícil. Porém, é extremamente benéfico que isto aconteça, pois então se podem analisar as questões com maior precisão, pois se poderão medir melhor as forças disponíveis, e, a partir daí, atuar de forma adequada.

Na impossibilidade de se reunir a totalidade dos estudantes periodicamente (o Parobé possui por volta de 4000 alunos), um organismo como o CRT tem como objetivo possibilitar uma atuação do GEPA em conjunto com as turmas. Cada turma elege seu representante (com suplência), que, então, tem a responsabilidade de comparecer às reuniões do CRT, levando as reivindicações da turma, e informando a mesma das discussões do organismo. Os mandatos dos representantes possuem um diferencial: podem ser rapidamente revogados, por decisão da turma, e atribuídos a outro estudante, através de eleição direta, ou da forma que a turma considerar melhor. Ou seja, se um representante não está atuando como deveria, deve-se substituí-lo, pois o mesmo é a voz da turma no Conselho.

É importante notar também que o CRT não serve apenas como um “garoto de recados”, levando e trazendo mensagens. O CRT é um organismo também de decisão, e por isso é importante que o representante eleito esteja em sintonia com os desejos da maioria de sua turma. Por vezes, ocorrem eventos inesperados que exigem ações rápidas e firmes, o que impossibilita uma maior discussão sobre o que fazer a respeito. Nestes casos, é responsabilidade do CRT (se houver uma reunião em tempo hábil) e do GEPA decidir o que fazer e aplicar o que foi decidido. A tomada de decisão através do CRT não tira do GEPA o poder de decisão, mas antes, o descentraliza em diversas questões. O GEPA continuará decidindo sobre diversos assuntos, mas a idéia é de que, cada vez mais, as decisões sejam tomadas em conjunto.

Aqui entramos numa outra questão essencial: os balanços. Um balanço é, essencialmente, uma espécie de análise criteriosa sobre as ações que foram tomadas durante um determinado período, ou ainda, frente a um determinado acontecimento. Por exemplo, digamos que o xerox da escola venha apresentando problemas, como filas, pouca qualidade nas cópias, etc., e os estudantes demonstrem indignação a respeito do caso. O que se deve analisar no balanço? Se o CRT discutiu a questão, quais aspectos foram considerados mais urgentes, se tomou alguma decisão, e o que foi feito de forma prática. Da mesma forma, ações do GEPA serão fiscalizadas através do CRT – se, frente a este ou aquele acontecimento, o GEPA atuou de forma correta, ou, antes, se omitiu e não fez nada.

Com o progresso da construção pela base, podemos, com uma organização melhor e mais forte, exigir maior representatividade dos estudantes nas decisões sobre a escola. Somos os maiores interessados numa educação de qualidade, mas, infelizmente, somos também deixados de lado em toda e qualquer decisão sobre a administração da escola. Isto ocorre porque estamos desorganizados, e não temos a união necessária para representar uma força dentro da escola. Por exemplo, se estivéssemos organizados, poderíamos ter decidido, juntamente com os professores e a administração, sobre o conteúdo ensinado nos cursos técnicos, que passou por uma reformulação no último semestre.

Ou seja, guardadas as devidas proporções, podemos dizer que o projeto de um CRT é o de uma assembléia de deputados estudantis.


A TRADIÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL, AS TAREFAS ATUAIS

E A NECESSIDADE DA CONSTRUÇÃO PELA BASE


Devemos retomar a tradição de luta que caracterizou o Parobé, especialmente durante a luta contra a ditadura militar. Nos anos 70, os anos do terror da ditadura, o Parobé, juntamente com o Julinho e o Instituto de Educação, eram as grandes lideranças do movimento estudantil em Porto Alegre contra a ditadura militar. Esta trajetória foi bruscamente interrompida com o fechamento do GEPA por ordens do governo, e depois procurou-se impossibilitar sua retomada com uma “regulamentação” das atividades dos grêmios estudantis, já na época da “reabertura política”.

O caráter democrático das entidades estudantis foi substituído pela burocratização das mesmas, com o apoio da UNE (União Nacional dos Estudantes, “representante” do ensino superior) e da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, “representante” do ensino médio e técnico). Estas entidades hoje em dia não possuem mais a disposição de luta da época dos anos de chumbo, e apóiam os ataques do governo Lula ao ensino público, seja direta e abertamente, como no caso do REUNI, ou indiretamente, através de sua omissão. Além disso, hoje em dia não privilegiam mais a luta direta, única forma de obter conquistas duradouras para os estudantes, mas sim a luta parlamentar, institucional. Seus congressos hoje em dia servem apenas para ratificar as decisões já tomadas e aplicadas pela direção, sem uma discussão profunda dos assuntos de interesse da juventude e uma análise das necessidades dos estudantes.

A Conlute, que surgiu da necessidade de se construir uma entidade alternativa à UNE, tem se limitado a fazer chamados inconsequentes e irresponsáveis à “esquerda da UNE”, a FOE (Frente de Oposição de Esquerda), para que rompa com a entidade amiga de Lula. Pode-se fazer chamados a qualquer setor considerado progressivo (o que, em nossa opinião, não é o caso), mas não se pode, por conta disso, abandonar uma construção paralela, sistemática, tendo como alvo a vanguarda estudantil, que se renova frequentemente. A Conlute, atualmente, está “construindo” um congresso nacional de estudantes, ainda para o primeiro semestre deste ano, mas não se vê uma propaganda massiva do mesmo, e muitos estudantes ainda nem sabem que a entidade existe.

Outra questão que devemos lembrar é que, em período de crise econômica, como o que estamos passando, os ataques à educação pública (e aos outros serviços públicos, como a saúde e a Previdência Social) se intensificam, pois os governantes precisam ter uma fonte de onde retirar os subsídios aos empresários prestes a falir – e, surpresa, novamente os escolhidos para pagar a conta são o povo pobre, que depende destes serviços. Portanto, o período pelo qual passaremos nos próximos meses e anos deverá ser de muita luta, e grandes lutas. Porém, estas lutas exigirão que estejamos devidamente preparados – organizados, conscientes de nossas tarefas e dispostos a lutar para defender nossas conquistas. E esta preparação começa hoje.

Desejamos que o Parobé volte a ser a liderança que foi em outros tempos, para que nossas conquistas não sejam retiradas e para que conquistemos ainda mais. Chamamos a todos os estudantes para que sejam vanguarda nas lutas que se anunciam. É somente com muita luta que conseguiremos um futuro melhor.