Meia-entrada só pra 40%

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Meia-entrada só pra 40%

Em 2006, foi aprovada uma lei que dava o direito à meia-entrada para estudantes. Inicialmente, a lei previa a meia-entrada em eventos culturais (shows, peças de teatro, exposições, circos, cinemas, etc.) e jogos esportivos, através da apresentação da carteira estudantil. As limitações eram sobre os eventos culturais realizados em finais de semana, ou que tivessem no máximo duas apresentações no município – para estes, seria concedido um desconto de apenas 10%.

No ano passado, porém, foram feitas alterações na lei. Limitou-se a disponibilidade de ingressos a 40%, com a desculpa de que assim seria possível baixar o valor dos ingressos (o que, como se pode notar, não ocorreu).

O cartão TRI dos grêmios dá direito à meia-entrada, sim!

Existe a grande questão sobre os cartões aceitos para a meia-entrada. Muitos lugares insistem em exigir o cartão TRI feito através da UMESPA ou UGES, ao invés de aceitar também os cartões feitos pelos grêmios estudantis e outras entidades. Hoje em dia, todos os cartões são feitos pela EPTC, e as entidades não confeccionam mais as carteiras – apenas encaminham os pedidos. Portanto, TODOS os cartões são ABSOLUTAMENTE IGUAIS, e TODOS devem ser aceitos EM QUALQUER LOCAL PREVISTO EM LEI.
Não podemos aceitar que este direito, embora não tenha sido conquistado com luta, seja cada vez mais restringido, até que voltemos à estaca zero – ou seja, sem meia-entrada e até sem os míseros 10% nos finais de semana. Só com luta podemos defender nossas conquistas, e os estudantes precisam se organizar para lutar. O GEPA está construindo o Conselho de Representantes de Turma, para que o Parobé tenha um movimento estudantil forte e conte com a participação de todos.
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2 comentários:

Lucas Palácio4 de maio de 2009 às 23:26
Isso aí é uma vergonha... meu amigo tentou comprar ingresso pra um jogo do Inter com o seu TRI e não deixaram pois não era da UMESPA...

Sendo que:

A finalidade da apresentação do TRI é comprovar que a pessoa é realmente um estudante...

Afinal, se está escrito que sou estudante no meu Cartão TRI e nele consta a data de 2009 porquê não aceitar? o que a UMESPA ganha com isso? Dinheiro?

ISSO É SUJEIRA e nós é que devemos nos organizar e lutar em prol dos nossos direitos!
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Tiago Rocha - Mecânica Noite18 de maio de 2009 às 16:27
"Afinal, se está escrito que sou estudante no meu Cartão TRI e nele consta a data de 2009 porquê não aceitar? o que a UMESPA ganha com isso? Dinheiro?"

Provavelmente ganha dinheiro mesmo. Inclusive, a UNE (União Nacional dos Estudantes, entidade à qual a UMESPA é filiada) tem brigado ultimamente para centralizar novamente a confecção de carteiras escolares na mão deles, dessa forma aumentando ainda mais o faturamento. Vale lembrar que, mesmo com a descentralização da confecção dos cartões, a UMESPA arrecadou mais de meio milhão de reais (fizeram por volta de 40000 carteiras a 12 reais e 60 centavos).
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Que "FORA YEDA" queremos???

O governo Yeda, assim como todos os outros (no RS Britto, Olívio, Rigotto...), atacam os estudantes e trabalhadores, colocando em prática a mesma política de desmonte da educação pública aplicada pelos governos em todo o mundo. O tão propagandeado “Déficit Zero” da “ilustre” governadora Yeda, assim como o superávit do “senhor popularidade” Lula, na verdade, representam para os trabalhadores e estudantes o rebaixamento de seus níveis de vida. Seguindo a lógica do sistema em que vivemos, o capitalismo, estes ataques se baseiam em reduzir os gastos com os serviços públicos essenciais, como a educação, para subsidiar empresários e banqueiros.
No caso de Lula, os 4 Bilhões emprestados a perder de vista para o FMI (Fundo Monetário Internacional) e os 160 Bilhões que o ministro Guido Mantega cedeu aos empresários e banqueiros, contrastam diretamente com a situação da educação. O governo alega ter investido 1 bilhão em escolas técnicas em todo o Brasil, os estudantes destas escolas em todo o país sentem na pele como estes são insuficientes frente os problemas que enfrentamos. Yeda, da mesma forma que seus antecessores, faz de tudo para não reajustar o salário dos funcionários públicos conforme a inflação, mas como lhe convém, aumenta o seu próprio salário em 143% (sem contar o de seus secretários em 89%). Yeda está aplicando a “Enturmação” - que para manter os professores desempregados, coloca o dobro da capacidade de alunos em uma mesma sala de aula, e anuncia para este ano investimento de apenas 28% ao invés dos 35% previstos anteriormente em educação, mostrando claro que joga somente a seu favor, e ignora as necessidades da comunidade escolar, trabalhadores e estudantes.
Esses governos devem ser combatidos e derrotados através de mobilizações e lutas construídas em cada local de trabalho e estudos.

Seria o mesmo “FORA COLLOR”?

A campanha de denúncia do governo Yeda como sendo a face da corrupção e do arrocho salarial é correta. No entanto, não se barra o projeto de Yeda apenas com esse tipo de denúncia. É preciso fazer uma agitação e propaganda sistemática que culmine com grandes mobilizações envolvendo não só os professores, mas também outras categorias importantes – como metalúrgicos, rodoviários, servidores públicos, etc. Essa luta, para ser vitoriosa, não deve se limitar apenas ao governo Yeda: deve atingir também o governo Lula e contestar as bases do capitalismo, pois todos esses governos seguem a lógica deste.
A forma como o “Fora Yeda” está sendo construída atinge o governo somente do ponto de vista eleitoral. Esta campanha serviria, no máximo, para encaminhar a proposta de impeachment da governadora para a Assembléia Legislativa. Neste caso, assumiria o seu vice, Feijó. Seria como trocar 6 por meia dúzia, assim como aconteceu com Fernando Collor de Melo, cujo resultado todos nós conhecemos: são os governos que o sucederam – Itamar Franco, Fernando Henrique, e então Lula. Nenhum desses governos cumpriu as necessidades dos trabalhadores e dos estudantes.
O verdadeiro sentido por que PSOL, PSTU, e principalmente o PT organizam essa campanha é o desgaste do governo com fins eleitorais. Isto com o objetivo de saírem fortalecidos para as eleições de 2010. Estes partidos tentam iludir os trabalhadores de que a troca de um governo por outro, por via eleitoral, poderia mudar significantemente a vida dos trabalhadores e estudantes. As nossas tarefas só podem ser cumpridas pelas nossas mãos. Para barrarmos os ataques do capitalismo promovidos por todos os governos, devemos estar organizados em nossa escola. Para isso chamamos nossos colegas a construir (ou participar do) o CRT. Lá é um espaço em que poderemos discutir e organizar melhor a luta contra o sucateamento da educação e como decidir sobre o funcionamento da escola, todas as suas questões importantes, desde as catracas até os conteúdos ensinados na sala de aula.

Um esclarecimento sobre a "Oposição" ao GEPA

Alguns colegas receberam um material intitulado "Oposição ao GEPA - por um grêmio estudantil atuante e de luta", feito pela corrente política de oposição à nossa gestão. Todos os ataques ao GEPA que constam no material são infundados. Vejamos. Há menos de um ano, esta suposta "oposição" era gestão do GEPA e esteve na direção da entidade por 2 anos consecutivos. Todos as lutas citadas por ela - greve dos professores e aumento das passagens - passaram em branco quando ela era gestão oficial. Não é verdade que nossa gestão não participou dessas atividades. No caso da greve tinhamos assumido há pouco tempo. Sobre o aumento das passagens todos nós sabemos que os empresários e a prefeitura aumentam a passagem no início do ano, quando os estudantes e muitos trabalhadores estão em férias. Dizer que o GEPA "se escondeu" e que só faz carteirinha é uma impropriedade. Alguns membros do GEPA participaram destas manifestações e não deixaram de fazer esta discussão com os estudantes.

Se existe problema no GEPA a culpa recai inteiramente sobre a própria Oposição, antiga gestão do grêmio por dois anos seguidos, que deixava o grêmio fechado, que não mobilizava e organizava os estudantes pela base e que, em inúmeras oportunidades, se negou a receber "auxílio" quando éramos oposição. Só distribuímos material como "oposição" quando concluímos que não havia possibilidade de participação efetiva no grêmio - fato notado não só por nós, mas por outros estudantes. A antiga gestão, atual "Oposição", não nos avisava das assembléias e atividades, mesmo indo inúmeras vezes a sala do GEPA pedir informações. Hoje a "Oposição" fala em mobilização e atuação, mas em sua gestão não foi deixado nenhum saldo organizativo para a luta dos estudantes. E o pior, a antiga gestão, atual "Oposição", sequer se propôs a isso.

Por maiores problemas e debilidades que tenhamos, estamos abrindo o GEPA ao controle de base dos estudantes através da proposta do Conselho de Representantes de Turmas, trazemos inúmeras discussões políticas importantes aos estudantes, travamos o debate sobre o xerox, a falta de professores, o sucateamento da educação, e lutamos contra Fogaça, Yeda, Lula e o capitalismo. Já realizamos torneios de futebol no ano passado para integração dos alunos, estamos finalizando a confecção de um jornal do GEPA aberto a contribuição e a crítica dos estudantes e já vamos colocar no ar um blog do grêmio onde os estudantes poderão acompanhar nossas atividades. Medidas simples, que ajudam a transparecer a gestão do grêmio e que nunca foram realizadas pela antiga gestão, atual "Oposição". Jamais fechamos o GEPA num círculo burocrático e deixamos de procurar a participação e a organização das bases, ao contrário da antiga gestão, atual "Oposição".

Estamos aberto a contribuição de todos os estudantes e, inclusive, da "Oposição". Convidamos os colegas da "Oposição" a ajudar nas tarefas do grêmio, como a construção do Conselho de Representantes de Turma. O primeiro passo é ajudar a discutir o Conselho com os estudantes e procurar organizar a sala de aula em que seus membros estão inseridos. Além disso, convidamos a Oposição a ajudar na construção dos processos de mobilização dos estudantes, bem como na organização de debates para a formação política dos estudantes sobre a Crise Econômica Mundial e sobre a sua posição versus a nossa para os organismos dos trabalhadores, como a Conlutas e Conlute.

Aguardamos, com o GEPA de portas abertas, a visita dos colegas da "Oposição" para acertar estes detalhes.

Agradecimento da Chapa reeleita Avançar na Organização Consciência e LUTA!

quinta-feira, 23 de abril de 2009