Agradecimento da Chapa reeleita Avançar na Organização Consciência e LUTA!

Agradecemos todos aqueles que nos apoiaram durante a campanha, que divulgaram nossas propostas aos seus colegas, e aqueles que acreditaram e nos deram um voto de confiança para permanecermos mais um ano organizando conscientemente a luta dos estudantes e trabalhadores no Parobé. Porem precisamos dizer que não entendemos este processo eleitoral que vivenciamos como uma simples disputa entre propostas de estudantes. Entendemos como uma disputa entre um programa de luta em defesa e pela conquista de uma educação pública, popular, gratuita e de qualidade, contra a apatia e adestramento da consciência dos estudantes perante os ataques ao ensino público e aos trabalhadores, praticado pelos governos Lula, Yeda e Fogaça a serviço dos empresários. Em suma o que estava em jogo era os interesses históricos dos estudantes e trabalhadores versus os interesses dos empresários. Felizmente os estudantes do Parobé já estavam “precavidos” destes métodos e “promessas” e souberam distinguir entre os seus interesses e os de seus inimigos. No fim prevaleceu as propostas de uma gestão combativa, classista e independente para avançarmos na organização, consciência e luta.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A farsa da regulamentação dos estágios




No final de setembro do ano passado, foi sancionada pelo presidente Lula a lei nº 11.788, que dispõe sobre o estágio dos estudantes. Foram estendidos alguns direitos básicos aos estagiários, tais como férias, e regulado o tempo máximo de estágio, que agora passa a ser de dois anos em uma empresa. Além disso, foram estabelecidas cotas para portadores de deficiência (10% das vagas oferecidas pela empresa) e limitado o número de estagiários permitido em cada empresa. Porem não foi estabelecido nenhum piso salarial, ou bolsa auxilio mínima.

Foi feito um grande alarde através da mídia, como se o Estado atuasse no sentido de ampliar os direitos dos trabalhadores e estudantes. Contudo, o que deve ser discutido é o papel cumprido pelos estágios no capitalismo.

O estágio na verdade corresponde a negação de direitos básicos como: Salário mínimo, seguro desemprego, fundo de garantia, etc. Direitos estes conquistados pelos trabalhadores ao longo da história através de muita mobilização e luta. O estagiário apesar de desempenhar a mesma função de um trabalhador formal recebe uma bolsa auxilio inferior ao salário base da categoria.

O estágio é um presente para o patrão!

As empresas cada vez mais substituem os trabalhadores formais por estagiários para manterem ou aumentarem suas taxas de lucro, consequentemente a exploração sobre os funcionários.

Os estagiários precisam se organizar para lutar pelos seus interesses unindo-se aos demais trabalhadores, pois suas lutas têm origem em comum: os ataques dos patrões contra os empregados, ou, colocando de outra forma, os ataques do capitalismo. Este precisa reduzir os gastos sociais (saúde, educação, etc.) e retirar direitos históricos da classe trabalhadora para suprir as "necessidades" dos empresários: isenções em impostos, mão-de-obra barata, entre muitas outras coisas que só significam, para a imensa maioria da sociedade, maior miséria e degradação social.
Os trabalhadores regulamentados também são explorados, também lutam por melhores condições de trabalho e mais do que isso, têm em comum seu papel na produção: só têm sua força de trabalho para vender, e produzem sem controle sobre a produção. O interesse histórico dos trabalhadores e estagiários é a luta organizada pelos locais de trabalho, as mobilizações e a construção de um partido revolucionário, que lute pelo socialismo, pelo controle dos trabalhadores sobre os meios de produção. Só a luta pode mudar a vida dos explorados. Essa luta deve ultrapassar os limites econômicos, transformando-se em uma luta revolucionária contra o capitalismo e pelo socialismo.

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