Agradecimento da Chapa reeleita Avançar na Organização Consciência e LUTA!

Agradecemos todos aqueles que nos apoiaram durante a campanha, que divulgaram nossas propostas aos seus colegas, e aqueles que acreditaram e nos deram um voto de confiança para permanecermos mais um ano organizando conscientemente a luta dos estudantes e trabalhadores no Parobé. Porem precisamos dizer que não entendemos este processo eleitoral que vivenciamos como uma simples disputa entre propostas de estudantes. Entendemos como uma disputa entre um programa de luta em defesa e pela conquista de uma educação pública, popular, gratuita e de qualidade, contra a apatia e adestramento da consciência dos estudantes perante os ataques ao ensino público e aos trabalhadores, praticado pelos governos Lula, Yeda e Fogaça a serviço dos empresários. Em suma o que estava em jogo era os interesses históricos dos estudantes e trabalhadores versus os interesses dos empresários. Felizmente os estudantes do Parobé já estavam “precavidos” destes métodos e “promessas” e souberam distinguir entre os seus interesses e os de seus inimigos. No fim prevaleceu as propostas de uma gestão combativa, classista e independente para avançarmos na organização, consciência e luta.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Organização, a Consciência e A LUTA!

A atual gestão do GEPA,

"Organização, Consciência e Luta!", tem como objetivo central organizar os estudantes; ajudá-los a avançar sua consciência e lutar para conquistar uma educação gratuita e de qualidade e contra os ataques que sofrem por parte dos governos que deixam o ensino público jogado às traças.

Nossa gestão pensou muito em qual seria a melhor maneira de unir os estudantes em maior número, para que estes debatam os problemas do dia a dia da escola e da sociedade em que vivem, a terem ferramentas de organização fixas, com as quais possam contar, e em que possam além de discutir suas necessidades, decidir e realizar planos de ação de acordo com elas, traçarem seus objetivos e somarem força.

Em primeira instância, este instrumento é o grêmio, que em nossa gestão se reúne semanalmente, é ativo, está sempre aberto para receber e ouvir os estudantes, e sempre atento às necessidades deles, e o mais importante, sempre disposto a se enfrentar com quem se colocar contra os estudantes. Apesar da disposição do grêmio, sabemos que ele é pequeno para receber todos os estudantes dispostos a mudar suas condições de vida. Em primeiro lugar, chamamos a todos os estudantes descontentes com o ensino público a procurarem o grêmio como ferramenta de luta, e saibam que podem contar com ela.

Para atingir números maiores de estudantes, para uni-los, pensamos em usar uma ferramenta de organização onde todas as turmas teriam os seus representantes, o Conselho de Representantes de Turma (CRT). Pensamos que desta forma é possível avançar, pois organizar o maior número de estudantes traz mais força. Traz ares novos ao grêmio, novas idéias, e assim conhecemos mais as necessidades dos estudantes, e dessa forma, podemos fortalecer e crescer a nossa organização e as nossas lutas!

Depois de pensar e traçar um plano, fomos para a ação. Após um longo trabalho de consciência na escola, fazendo panfletagens, passando em sala, gerando o debate entre os estudantes, foram criadas as primeiras condições para uma reunião com os representantes de turma. Logo no primeiro encontro (em maio), os representantes de turma levantaram uma série de problemas, que traziam representando o debate que fizeram nas suas turmas. Foi confirmando-se o que já sabíamos: os estudantes do Parobé não estão contentes. O CRT é algo novo no Parobé, mas desde sua primeira reunião, os estudantes demonstraram disposição em participar ativamente das discussões com o GEPA para solucionar problemas e lutar para conquistar melhores condições de estudo. Ou seja, só faltava uma direção que tivesse o interesse de convocar os estudantes a lutarem por objetivos nobres.

Já no segundo encontro, em julho, as reivindicações já levantadas voltaram a ser debatidas e se somaram a outras, fruto das discussões nas turmas. Nessa reunião, o GEPA levou uma proposta de ação. Não era possível que os estudantes, descontentes, discutissem sem formar sua luta! E o CRT abraçou a proposta do GEPA de elaborar uma pauta de reivindicações (a ser entregue à direção da escola e ao presidente do conselho escolar. Não confiando na boa vontade da direção (com muita razão), assumiram o plano de lutas elaborado pelo grêmio, que primeiramente visava divulgar essa pauta de reivindicações e conscientizar nossos colegas da importância de sua participação nessa luta, sem a qual as reivindicações seriam engavetadas.

Logo, membros do GEPA e representantes de turma fizeram faixas, cartazes e um panfleto convocando os estudantes a participarem de um ato em frente as catracas na entrada da aula e de um piquenique no recreio, expressando nosso descontentamento com o pagamento de matrícula e de material escolar em escola pública, com xerox de polígrafos; preços do bar; catracas pagas e trancadas para os alunos de menor para o bar vender mais laboratórios sucateados, más condições de ensino. Um método reivindicatório utilizado pela gestão anterior, o abaixo assinado, não foi utilizado. Era preciso muito mais do que isso. Os estudantes apontaram nessa direção quando lembraram que sua experiência com abaixo assinado no passado, sempre terminou em “engavetamento”.

Um dia antes do ato que foi marcado, a direção começou a mostrar sua face violenta retirando as faixas com as reivindicações dos estudantes. O GEPA não se curva diante das direções a mando do governo, e então os estudantes recolocaram a faixa na frente do GEPA, sob ameaças da direção.

No dia 16 de julho, dia do ato, a mobilização começou cedo. Antes de abrirem os portões, membros do GEPA, representantes de turma e alunos já se encontravam na frente das catracas. Munidos de cartazes, faixas e megafone chamavam a atenção dos seus colegas para as reivindicações. À tarde foi realizado um piquenique pela redução dos preços do bar e pela implantação urgente da merenda escolar para todos os alunos, sem exclusão dos alunos do ensino técnico.

Depois de ver a amplitude das manifestações, o GEPA sofreu retaliações da direção da escola. Com medo da força dos estudantes tomarem maiores proporções, e com medo de ter que se explicar ao governo depois e atender as reivindicações dos estudantes, a direção veio tentar intimidar os estudantes e frear suas lutas.

Esses primeiros passos do Conselho de Representantes de Turma (CRT) ainda são pequenos, mas bastante significativos. São pequenos se comparamos com o tamanho das tarefas que nos temos pela frente, de nos organizarmos amplamente e em nossa escola e trabalho e lutar contra os ataques dos governos a serviço do capitalismo cada vez mais profundos e intensos aos trabalhadores e estudantes.

São produtivos se levarmos em conta a inexistência de uma saldo organizativo deixado pelas gestões apáticas anteriores, que pouco ou nada fizeram para avançar na organização e consciência dos estudantes.

No caminho percorrido apesar de curto, como já vimos, nos deparamos com alguns obstáculos e percebemos também com quem nós não podemos contar. Os companheiros da gestão anterior quando lhes convém aparecem – assembléias para eleger seus delegados para o Congresso, por exemplo – na hora da luta e do enfrentamento com a direção e o governo, ninguém sabe ninguém viu.

Felizmente o destaque fica por conta da disposição e interesse dos estudantes que contribuem nesse processo de construção de um GEPA e um CRT atuantes e de luta. No entanto a consolidação destes se Dara através das lições aprendidas em cada luta que travarmos. Esses pequenos passos vão em direção a um caminho que requer mais trabalho,tempo e disposição, mas estamos na direção certa única capaz de nos conduzir a uma vitória efetiva.

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